El sábado 5 de marzo a las 11.30 h, en el marco del ciclo habitual de conferencias del Museo Arqueológico Provincial de Badajoz (MAPBA), los expertos Amilcar Guerra, Samuel Melro y Pedro Barros impartirán una conferencia titulada "A escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro no Sul de Portugal", sobre este interesante semisilabario hispánico, la llamada "escritura del Suroeste" (que otros autores prefieren definir como "tartésica") y su contexto arqueológico y cultural.
La más reciente incorporación al ya casi centenario corpus epigráfico suroccidental, aparecida en 2008 en Mesas de Castelinho (Almodôvar, cerca de Beja), dada a conocer más públicamente en febrero de 2011 (fotografía Projecto Estela)

 

La más antigua (al menos entre 700 y 400 a.C.) y aún bastante enigmática de las escrituras autóctonas, prerromanas, peninsulares (aquí un listado simple de las estelas, portuguesas y españolas, y aquí un meritorio corpus general, con numerosas de ellas ilustradas) está últimamente de actualidad y enhorabuena. No sólo por algunos hallazgos recientes, como la larga y espectacular nueva estela de Mesas de Castelinho, por el aumento de sus signos conocidos, o por la reciente propuesta de su vinculación a una lengua indoeuropea, sino también por la espléndida creación, en 2007, de un museo específico en Almodôvar, el MUSEU DA ESCRITA DO SUDOESTE (MESA), así como por el "Proyecto Estela", impulsado por dicho Museo, que está produciendo ya buenos resultados científicos, por todo lo cual hemos de felicitar a los colegas portugueses, y en especial al incansable Prof. Amilcar Guerra, de la Universidad de Lisboa.

 

Me permito transcribir aquí abajo la información facilitada por el Museo de Badajoz.

 

Les recordamos que el próximo SÁBADO día 5 de MARZO, a las 11,30 HORAS, se impartirá otra CONFERENCIA en este museo dentro del ciclo 2011. Les ampliamos la información

Conferenciantes:

Amílcar Guerra - Profesor titular de la Universidad de Lisboa

Samuel Melro - Pedro Barros - Arqueólogos do Proyecto ESTELA

 CONFERENCIA:

 

"A escrita do Sudoeste e a Idade do Ferro no Sul de Portugal"

 

Resumen.

O Museu da Escrita do Sudoeste de Almodôvar (MESA) criado em 2007 em torno de um dos maiores ícones da Idade do Ferro do Sul de Portugal (Baixo Alentejo/Algarve) – as estelas com escrita do Sudoeste – reflecte a preocupação em valorizar este património arqueológico.

O espaço geográfico do fenómeno da Escrita do Sudoeste, que se estende entre a Extremadura (Espanha) e o Algarve (Portugal), conta com uma maior concentração, entre um agrupamento no barrocal algarvio, e um interior alentejano no Alto Mira e Alto Sado, observando-se ainda nas serras de Mú e Caldeirão, um importante conjunto localizado na transição do Alentejo e do Algarve, cuja centralidade na dispersão das estelas epigrafadas não será displicente.

A discussão dos modelos explicativos da chamada I Idade do Ferro é objecto de debate, onde o problema da cronologia é perspectivado a dois níveis num evidente desequilíbrio: a componente epigráfica e linguística e a componente arqueológica. Uma vez constatado o reiterado cariz de reutilizações tardias das estelas, isto é da sua relação secundária com as necrópoles, verifica-se um desencontro temporal entre a cultura material conhecida no registo arqueológico, essencialmente a partir do século VI a.C., e algumas propostas que sugerem uma datação mais recuada atribuída à escrita do Sudoeste.

Esta manifestação epigráfica, conhecida como “escrita tartéssica”, corresponde a realidade material cujos vestígios se dispersam pelo Sudoeste Peninsular, razão pela qual me parece adequada designá-la também como “escrita do Sudoeste”. Os documentos até ao momento identificados, que rondam aproximadamente uma centena, representam a mais antiga escrita local documentada na Península Ibérica. A cronologia do fenómeno e em especial a das suas manifestações mais precoces é bastante discutida, situando-se, de qualquer modo, no âmbito da chamada I Idade do Ferro.

 

Reconhece-se no sistema de signos então criado uma dependência directa do alfabeto fenício (com eventuais contributos de outra origem, segundo algumas propostas), o qual servir de base a um semi-silabário hispânico. Embora se conheça um elenco dos seus caracteres, em número de 27, através de um documento proveniente da localidade alentejana de Espanca (Castro Verde), a contabilidade do conjunto de signos é superior, o que amplia as incertezas originárias a respeito do valor fonético de todos os grafemas. Esta dificuldade parece acentuar-se com alguns novos achados em que ocorrem novas formas de alguns signos. Sem resolver esta questão, o projecto ESTELA procurará contribuir para uma análise do sistema e das suas variantes.

A natureza fragmentária de muitos dos monumentos epigráficos, o facto de os textos serem bastante breves (o mais extenso ultrapassa em pouco os 80 caracteres) e a inexistência de textos bilingues são algumas das razões pelas quais continua a considerar-se enigmático o significado destes textos. Assinala-se, todavia, a recente proposta da sua vinculação a uma língua céltica, proposta que contraria a sua tradicional interpretação como uma língua não-indoeuropeia desta região meridional.

A necessidade de pôr à disposição de todos informação sobre esta temática e a sua expressão, resultou no projecto ESTELA – Sistematização da Informação das Estelas com Escrita do Sudoeste. Através da caracterização dos contextos arqueológicos (apoiada em reconhecimentos no terreno, no estudo de colecções e na documentação de museus) pretende-se contribuir para a revisão dos conhecimentos sobre uma sociedade que produziu esses monumentos, tentando compreender as directas relações entre espaço habitacional, o mundo funerário e as inscrições e fornecer mais dados para a explicação desta cultura. Não se pretende deslindar o que nos querem transmitir, mas sim tentar compreender quem nos quer transmitir.

O projecto procura ainda conjugar a salvaguarda, a valorização, a educação e a fruição das paisagens culturais. A sistematização da informação arqueológica irá permitir a sua dinamização e gestão sustentada, o planeamento das actividades museológicas e o desenvolvimento de parcerias, mas sobretudo transpor um Museu para o Território como reflexo e reconhecimento deste elemento de originalidade, factor de diferenciação e afirmação da identidade, memória histórica da primeira região com escrita no contexto peninsular.

 

Reseña Curricular.

Amílcar Guerra é Licenciado em Filologia Clássica, Doutor em História Clássica, docente e Director dos Estudos Pós-Graduados do Departamento de História da UL, investigador da UNIARQ. É co-responsável pelas escavações em Mesas do Castelinho (Almodôvar) e no santuário de Endovélico, em S. Miguel da Mota (Alandroal). A sua investigação incide especialmente sobre Arqueologia e História Antiga da Península Ibérica, Geografia e Etnologia do Ocidente Peninsular e Epigrafia, dedicando uma particular atenção aos problemas das línguas e escritas pré-romanas. Colaborou na organização inicial do Museu da Escrita do Sudoeste, em Almodôvar, tendo sido responsável pela produção dos seus conteúdos.

Samuel Melro é o arqueólogo da Extensão de Castro Verde, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR,IP) do Ministério da Cultura.

Pedro Barros trabalha para a Extensão do Algarve, do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR,IP) do Ministério da Cultura. No âmbito da sua investigação tem participado em vários congressos e publicado artigos em revistas portuguesas e espanholas sobre este tema e sobre a Idade do Ferro no Sul de Portugal.

 

Finalizada la conferencia, se presentará la PIEZA DEL MES DE MARZO: Fusayola con una pequeña inscripción procedente del Poblado de "Los Castillejos" (Fuente de Cantos, Badajoz)

El MAPBA espera que esta información resulte de su interés.

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Respuestas a esta discusión

Se agradece esta información, Dra. Alicia, llena de múltiples datos y referencias interesantes, y, en sobremanera, esa alusión al estudio de J. Koch en el que establece una semejanza entre las  inscripciones del sur-oeste y las lenguas celtas (celtíbera, galo, etc). No deja de ser una propuesta novedosa y sugerente.

 

Saludos

Me alegra, don Guillermo. Yo aún no he tenido ocasión de consultar el estudio de J.T. Koch, y no le puedo decir cómo lo fundamenta. Aunque de momento sí me extraña que tantos filólogos metidos en ello a lo largo de los años, y varios a la vez en el celtíbero, no lo hubieran notado, o incluso descartaran formalmente esa posibilidad. Ya veremos. Un saludo.

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