Descubren restos de una civilización desconocida en el Amazonas

Foto: Las imágenes satelitales muestran construcciones con formas geométricas.

Los signos de lo que podría ser una civilización antigua previamente desconocida están saliendo de debajo de los árboles talados del la región amazónica. En total son 260 enormes avenidas, largos canales de riego y cercados para el ganado que han sido divisadas desde el aire casi en la frontera entre Bolivia y Brasil.

Vía: Jose Manuel Nieves | El Blog, tecnología y comunicaciones en ABC.es, 23 de diciembre de 2009

Numerosos restos de lo que a todas luces forma parte de una antigua y hasta ahora desconocida civilización han aparecido bajo los árboles de la selva amazónica. 260 enormes avenidas, largos canales de riego y cercados para el ganado han sido divisados desde el aire casi en la frontera entre Bolivia y Brasil. Las ruinas han quedado al descubierto debido al proceso acelerado de deforestación que sufre la selva que todavía hoy es uno de los mayores pulmones de nuestro planeta. Un proceso que está dejando al descubierto lo que antes permanecía oculto bajo la vegetación.

La idea tradicional es que, antes de la llegada de españoles y porqugueses en el siglo XV, y a diferencia de lo que sucedía, por ejemplo, en los Andes, no existían civilizaciones avanzadas en la cuenca del Amazonas. Sin embargo, la tala indiscriminada de árboles está dejando al descubierto numerosas pruebas de que las cosas no fueron realmente así. Las cada vez más numerosas imágenes aéreas y de satélite están revelando, en efecto, un complejo entramado de pueblos, ciudades, carreteras y estructuras que hasta ahora habían permanecido ocultas bajo luna impenetrable capa verde.

"Es la historia de nunca acabar", asegura Denise Schaan, de la Universidad Federal de Pará en Belem, que ha realizado ya numerosos descubrimientos desde el aire e, incluso, examinando con cuidado imágenes de Google Earth. "No hay semana en la que no encontremos nuevas estructuras", asegura la investigadora. Algunas de ellas son cuadradas o rectangulares, mientras que otras forman círculos concéntricos o complejas figuras geométricas como hexágonos y octágonos, todos ellos conectados por una red de amplias avenidas. Los científicos llaman a estos hallazgos "geoglifos".

El último descubrimiento, Publicado por la revista Antiquity, cubre un área que se extiende en el norte de Bolivia y el oeste de Brasil. Un hallazgo que sigue a otros de grandes extensiones urbanas y pueblos interconectados, conocidos como "ciudades jardín", descubiertos en la zona central de Brasil y cuya antiguedad se cifra en unos 1.400 años. Pero sus formas y características, asegura Schaan, no se parecen en nada a los geoglifos.


"Creo firmemente que las ciudades jardín de Xingu y los geoglifos no están directamente relacionados", asegura por su parte Martti Pärssinen, del Instituto Cultural finlandés de Madrid, que trabaja en estrecha colaboración con Schaan. "Sin embargo, ambos descubrimientos demuestran que grandes áreas de la Amazonia estaban densamente pobladas mucho antes de las primeras incursiones europeas". Los geoglifos están formados por zanjas y cunetas de once metros de ancho por dos de profundidad. Sus diámetros oscilan entre los 90 y los 300 metros y se piensa que su periodo de construcción se sitúa entre hace 2.000 años y el siglo XIII de nuestra era.

Las excavaciones han sacado a la luz piezas de cerámica, piedras talladas y otros signos de ocupación humana, aunque en algunos de los sitios no se ha encontrado objeto alguno, lo que sugiere que algunos de ellos podrían tener funciones ceremoniales mientras que otros podrían haber estado destinados a tareas defensivas.

A pesar de que no existen evidencias de que los antiguos habitantes de la Amazonia hayan construido pirámides o desarrollado un lenguaje escrito (como hicieron, entre otros, los egipcios), sí que dieron muestras de una gran complejidad social y de su capacidad para domesticar el entorno, algo muy distinto a lo que hacen, incluso en la actualidad, las tribus aisladas que viven en la selva.

Vea más fotos (9) en Espiegel Online

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Sinais na Amazônia indicam sociedade "perdida", diz estudo


Estudo pesquisou a procedência de centenas de círculos, quadrados e outras formas geométricas escondidos na floresta. Foto: National Geographic

Vía: John Roach / National Geographic | Terra.com.br, 12 de janeiro de 2010

Centenas de círculos, quadrados e outras formas geométricas que a floresta um dia escondia indicam a possibilidade de que tenha existido uma sociedade antiga desconhecida que floresceu na Amazônia, de acordo com um estudo recente. Imagens de satélites sobre a porção superior da Bacia Amazônica, obtidas de 1999 em diante, sugerem mais de 200 escavações geométricas, cobrindo distância superior a 250 km.

Agora, os pesquisadores estimam que quase 10 vezes mais estruturas como essas - de propósito ainda desconhecido - possam existir, sem que tenhamos sido capazes de detectá-las, por sob a capa da floresta amazônica. Pelo menos um dos sítios foi datado, e remonta ao ano de 1283, ainda que outros dos sítios possam ser mais antigos, talvez datados do ano 200 ou 300, disse Denise Schaan, antropóloga da Universidade Federal do Pará, no Brasil, e co-autora do estudo.

A descoberta revela novos indícios de que as áreas remotas da Amazônia no passado abrigavam sociedades numerosas e complexas, a maioria das quais posteriormente extintas por efeito das doenças trazidas à América do Sul pelos colonos europeus, nos séculos XV e XVI, disse Schaan.

Porque essas sociedades desapareceram sem deixar registros, pesquisas anteriores sugeriam que a terra da porção superior da Bacia Amazônica não fosse nutriente o bastante para sustentar a agricultura extensa necessária a alimentar assentamentos permanentes de porte tão grande. "Mas nós constatamos que essa teoria não procede", disse Schaan. "E existe muito mais a descobrir nesses lugares".

Cultura de amplo alcance

As formas descobertas foram criadas por uma série de fossas de cerca de 11 m de largura e com profundidade de alguns metros, e parapeitos de terra adjacentes com altura de até 1 m. Estradas retas conectam muitas das estruturas. As escavações preliminares de um dos sítios, em 2008, revelaram que algumas das estruturas estavam cercadas por pilhas baixas de sedimentos que continham cerâmica de uso caseiro, carvão, fragmentos de pedra de amolar e outros indícios de habitação.

Mas quem teria construído essas estruturas e as funções a que elas poderiam servir continua a ser um mistério. As ideias variam de fortificações a centros cerimoniais e moradias, segundo os autores do estudo. Também é possível que as estruturas tenham servido a propósitos diferentes ao longo do tempo, apontou William Woods, geógrafo e antropólogo da Universidade de Kansas, em Lawrence, que não participou da pesquisa.

"Por exemplo", disse ele, "aqui em Lawrence existe uma loja maçônica que hoje funciona como bar. Existe um banco, que hoje se tornou um restaurante chamado Tellers. Coisas como essa acontecem". O que mais surpreendeu os pesquisadores é o fato de que as escavações estejam presentes tanto nas planícies alagadiças quanto nos altiplanos da região.

Em termos gerais, as planícies alagadiças da Amazônia são regiões férteis que sempre foram populares entre as civilizações do passado, enquanto as terras altas, menos produtivas, sempre foram vistas como pouco povoadas, de acordo com os pesquisadores.

Mas as escavações localizadas em ambas as regiões apresentam estilo semelhante, o que sugere que teriam sido construídas pela mesma sociedade. "Na arqueologia amazônica sempre existe essa ideia de que encontraremos povos diferentes quando pesquisamos ecossistemas diferentes", disse Schaan, a co-autora do estudo. "E por isso é um tanto estranho que exista uma cultura capaz de aproveitar ecossistemas diferentes e de se expandir por uma região tão extensa".

População "espantosa"

Os sítios localizados nos altiplanos parecem ter abrigado população da ordem de até 60 mil pessoas, sugerem Schaan e seus colegas no estudo, publicado este mês pela revista Antiquity. O número se baseia em estimativas da organização social e da força de trabalho que teria sido requerida para construir as estruturas cuja presença é indicada pelas escavações remanescentes.

De acordo com Woods, da Universidade do Kansas, a estimativa de população é razoável, embora imprecisa, porque tão pouco se sabe sobre esse complexo. Respostas podem começar a emergir à medida que os pesquisadores escavem os sítios recentemente descobertos, nos próximos anos.

Mas Woods está impressionado com a possibilidade de que tanta gente tenha vivido em uma região por tanto tempo considerada como inabitada. "Tradicionalmente, se você tivesse perguntado a um antropólogo ou arqueólogo sobre o número de pessoas que poderiam ter vivido (nos altiplanos da Amazônia) a resposta seria de quase zero", ele afirma. "E assim, é espantoso que tenham existido 60 mil pessoas tentando construir suas vidas em um lugar onde ninguém deveria estar", acrescentou.

Tradução: Paulo Migliacci ME

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Vídeo: Denise Schaan, arqueóloga, dedicada ao estudo da história pré-colonial da Amazônia há cerca de dez anos, fala sobre os geoglifos do Acre, que ela considera uma das descobertas mais fantásticas da arqueologia amazônica (ou sul-americana) dos últimos tempos.

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Comentario por Melvin L. Minaya el enero 16, 2010 a las 11:54pm
No debe sorprende que los habitantes de la selva amazónica hayan tenido una civilización como la que se presenta. Es sabido que incluso los Incas se decidieron a no ocupar la selva por temor a estas tribus, y eso, de seguro, no solo se basaría en la ventaja geográfica. El arqueólogo peruano Morales mencionó el 2007 que la llegada del hombre a territorio peruano debió realizarse por la selva pues que en aquel entonces lo que hoy es selva era un territorio llanao y, prácticamente, un desierto. Incluso hoy se sabe que lo que da vida a la selva amazónica es el calor que descompone las hojas que caen con rapidez, su suelo no es productivo. Debieron tener templos pues es sabido que la religión de la cultura Chavín, en la sierra del Perú, tiene motivos selváticos tales como la serpiente (Anaconda) o el puma.

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